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Tratamento para Diabetes com Acupuntura

Diabetes mellitus é uma doença crônica caracterizada por um aumento anormal da glicose (açúcar) no sangue.  Após as refeições, pelo processo da digestão, os carboidratos contidos na dieta alimentar são transformados em açúcares cada vez menores, até serem reduzidos a glicose, cuja molécula é tão pequena que é capaz de atravessar os tecidos até atingirem a corrente sanguínea.

Os níveis de glicose no sangue são regulados pela insulina, hormônio produzido pelo pâncreas (fig.1), necessário para promover a entrada da glicose nas células. Nos portadores de diabetes, este órgão se torna deficitário na produção da insulina e, em consequência, as células do organismo não recebem glicose suficiente. Ao mesmo tempo, como a glicose não entra na célula, ela fica sobrando no sangue, e será eliminada através da urina, levando o diabético a urinar muito e também e a sentir muita sede.


Tipos de Diabetes

Embora haja mais de dois tipos de diabetes, a seguir trataremos dos dois tipos principais.


Tipo 1. A diabetes tipo 1, também conhecida por diabetes insulinodependente, surge normalmente em crianças ou jovens e requer a administração diária de insulina. Acredita-se que é causada por alterações no sistema imunológico devidas a uma infecção viral; esta infecção levaria à destruição das células pancreáticas responsáveis pela produção de insulina.


Tipo 2. A diabetes tipo 2 também é conhecida como diabetes não insulinodependente e sabe-se que mantém correlação com a obesidade e o sedentarismo. A incidência é maior após os 40 anos.  No portador de diabetes do tipo 2 a produção de insulina pelo pâncreas é contínua; o problema está na incapacidade de a insulina promover a absorção da glicose pelas células para ser metabolizada porque a molécula de insulina é alterada.  O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que a do tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico.


Sintomas e Tratamentos Convencionais da Diabetes


Diabetes tipo 1.  A diabetes tipo 1 requer injeções de insulina para manter regulares os níveis de açúcar no sangue ao longo do dia. Se a concentração de glicose no sangue sobe, o desequilíbrio pode ser sinalizado por fraqueza, fadiga e sede. Esses sintomas podem significar que mais insulina é necessária. Entretanto, se a concentração de glicose no sangue cai muito, uma reação à insulina se instala, causando tontura, fome, fadiga, dor de cabeça, suores, tremores, e até a perda da consciência nos casos mais severos. Um remédio rápido para esse problema é dar à pessoa um açúcar simples, do tipo encontrado em suco de laranja e alguns tipos de balinhas.


Entretanto, isso só pode ser feito se a pessoa estiver consciente e alerta; nada deve ser dado por via oral à uma pessoa inconsciente ou semi-consciente, para não provocar engasgue.  Idealmente o médico deve prevenir essas oscilações nos níveis de açúcar coordenando o tipo e hora das injeções de insulina com o conteúdo das refeições (entrada de açúcar). Uma dieta especial é importante auxiliar no processo de equilibrar as injeções diárias de insulina. Crianças pequenas em particular precisam de calorias suficientes para crescer e se desenvolver normalmente.


As necessidades de insulina para pessoas com diabetes tipo 1 diferem muito. Alguns pacientes conseguem manter equilibrados os níveis de açúcar no sangue com uma única injeção de insulina antes do café da manhã. Outros podem precisar de várias injeções de insulina ao longo do dia.


As necessidades de insulina também podem mudar à medida que o paciente envelhece, é submetido a cirurgias, engravida, ou desenvolve outros tipos de doenças.

Diabetes tipo 2.  Muitas pessoas com diabetes do tipo 2 podem controlar a doença com dieta adequada; algumas requerem injeções de insulina. Às vezes, drogas antidiabéticas orais, que trabalham estimulando o pâncreas a produzir mais insulina ou estimulando os receptores de insulina, podem ser indicadas.


Atenção especial à dieta é um aspecto crítico no controle deste tipo de diabetes. Indivíduos acima do peso precisam emagrecer. Deve ser enfatizado o consumo de refeições balanceadas que manterão o peso ideal. Excessos de gorduras precisam ser eliminadas para reduzir a suscetibilidade à arterioesclerose.  A dieta deve ser pobre em açúcares simples e deve incluir muita fibra não digerível (encontrada em frutas, legumes e grãos integrais); já foi demonstrado que dietas ricas em fibras podem ajudar a reduzir ou retardar a absorção de açúcar no trato digestivo.


O médico pode traçar um plano de dieta flexível que permita ao paciente diabético compartilhar das refeições regulares da família, atendendo, ao mesmo tempo, às suas necessidades especiais.


Tratamentos Não-Convencionais da Diabetes

Acupuntura - A acupuntura pode ser usada para controlar o estresse que, como se sabe hoje, causa impacto no nível de açúcar no sangue do paciente. A  acupuntura também pode ser utilizada para fortalecer a imunidade geral e revitalizar órgãos e funções comprometidos pelo diabetes. A acupuntura também ajuda na reversão da neuropatia, geralmente presente em pacientes diabéticos de longa data.


Métodos:

1. Acupuntura pontos extra, método Tung, atualmente usando na Escola Tuiná 1

Pontos 3 Imperadores:


São pontos BP9 (ponto céu), BP6 (ponto homem) e ponto no meio do BP9 e BP6 (o ponto terra).  Quando o paciente apresenta deficiência do Rim, o ponto BP9 vai substituir pela Barreira Renal, e o ponto terra vai mudar para entre dois pontos céu e homem. Os pontos 3 Imperadores têm função de tonificar o Baço e o Pâncreas (utilizar para todos os padrões de deficiência do Baço e Pâncreas com o diabetes). A figura 2, abaixo, mostra a  localização dos pontos.


2. Método MTC. 2,4,5

Os pontos principais para tratamento do diabetes são pontos associados com a Bexiga, Rins, Pâncreas, Baço, órgãos relacionados, e os meridianos. Pontos do Baço e Pâncreas atuam reduzindo o componente auto-imune do diabetes.

Os pontos usados são:

Yishu (ponto extra shu do Pâncreas). Para localização, veja a figura. 3.

Os pontos restantes são B20, BP6, B18, B23, E36, Ren4, e Ren6.

Alguns pontos são adicionados para diminuir sintomas da doença, tais como o excesso de sede ou de fome.


3. Terapia Auricular 3.

Os pontos principais no tratamento do diabetes são: Pâncreas, Diabetes, ponto zero, Endócrino, Tálamo. Os pontos têm as mesmas funções mencionadas acima. Veja a localização dos pontos na figura 4, abaixo.

Para sintomas como sede, deficiências visuais, etc., os pontos correspondentes estão assinalados.


Diabetes tem Cura?


Em sete anos, o diabetes arruinou a saúde da funcionária pública Legínia Miranda. Com o organismo combalido pela doença, ela estava ficando cega. Sua pressão arterial, sempre alta, atingia por vezes inacreditáveis 22 por 16 (o normal é 12 por 8). Legínia vivia abatida por um cansaço permanente e uma depressão profunda. A moléstia lhe impingia uma rotina penosa – comprimidos antidiabéticos, injeções de insulina, dieta austeríssima. Mesmo assim, sua glicemia não baixava. Girava em torno dos 300 miligramas de glicose por decilitro de sangue, mas freqüentemente chegava a 520 (o normal é 100, no máximo). Em 2005, aos 54 anos e prestes a se aposentar por invalidez, Legínia concordou em passar por um tratamento ainda experimental contra o diabetes tipo 2. Às 7 da manhã de 5 de novembro, ela deu entrada no centro cirúrgico do Hospital de Especialidades, em Goiânia. Nove horas depois, a doença já dava sinais de arrefecimento. Sem nenhum medicamento, sua glicemia baixou para 160 – um patamar jamais alcançado nos anos precedentes. Legínia experimentou uma melhora que, em outros tempos, seria chamada de milagrosa. Hoje, sua pressão está normal e a glicemia gira em torno dos 70 miligramas de glicose por decilitro de sangue. Com a visão recuperada, ela não precisa mais de óculos – nem para ler.  À mesa, apesar da dieta equilibrada, delicia-se sem medo com pudim de leite e quindim. Nada, porém, se compara à felicidade de acompanhar as estripulias de Ana Carolina, a neta de 1 ano e 2 meses. Legínia agora tem fôlego. "Eu nasci de novo", diz a funcionária pública. )


Fonte(s):Revista veja6

O cirurgia pode ser a saída para pacientes que não conseguem controlar o diabetes só com tratamento clínico ou insulina. Uma técnica em fase experimental em São Paulo mostrou que os resultados são promissores mesmo em pessoas com peso normal ou levemente obesas, portadoras de diabetes tipo 2.

Durante a digestão, quando o alimento chega ao duodeno, ocorre a liberação de um hormônio da família das incretinas, o GIP.  Ao passar pelo íleo, o alimento deflagra a produção de outra incretina, o GLP-1.  Os hormônios GIP e GLP-1 estimulam o pâncreas a produzir insulina, mas atuando em conjunto, isto é, o GLP-1 sozinho não consegue estimular o pâncreas a produzir insulina.

Nos diabéticos, a quantidade de GIP é normal mas a quantidade de GLP-1 é equivalente a apenas 1/10 da de uma pessoa sadia.

 As cirurgia mais comuns são descritas brevemente abaixo.

1. Cirurgia de Interposição do íleo.   Um metro e meio, mais ou menos, do íleo é deslocado para a porção superior do jejuno,  aproximando-o do estômago.  Dessa forma, o alimento chega mais rapidamente – e menos degradado – ao íleo.  Com isto, aumenta a produção de GLP-1 e melhora a ação do GIP, facilitando a secreção de insulina.

2. Cirurgia de exclusão do duodeno.  O duodeno e cerca de 40% do jejuno são desviados para a porção inferior do intestino delgado.  Com isso, o alimento chega mais rapidamente e menos degradado ao íleo, o que aumenta a produção de GLP-1 e melhora a função do GIP.


Conclução


Um regime alimentar adequado e exercícios corretos ainda são os melhores tratamentos para controlar os níveis de açúcar no sangue.  Pacientes que fazem uso de tratamentos não-tradicionais não devem abandonar a medicação tradicional.

É importante notar que a acupuntura, por exemplo, só pode tratar o sistema e não configura uma cura definitiva.  As cirurgias, que podem representar a cura da doença, ainda estão nas fases iniciais de desenvolvimento.

 
 
 

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